quarta-feira, 20 de janeiro de 2016
Debate e exposição vão marcar quatro anos da desocupação do Pinheirinho
Há quatro anos, 1.900 famílias foram expulsas de suas casas na ocupação Pinheirinho, em São José dos Campos. A data, 22 de janeiro de 2012, será relembrada com o debate que vai colocar em discussão os reflexos da crise econômica nas políticas habitacionais. Uma exposição fotográfica também vai mostrar os diferentes momentos vividos pelas famílias do Pinheirinho.
O evento será no dia 22 (sexta-feira), às 19h, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos. O arquiteto e urbanista Kazuo Nakano, mestre em Estruturas Urbanas e doutor em Demografia, participará do debate ao lado de Helena Silvestre, da coordenação nacional do Movimento Luta Popular. O coordenador do debate será Toninho Ferreira, advogado e liderança das famílias do Pinheirinho.
Ainda hoje, as famílias expulsas do Pinheirinho estão à espera das casas próprias prometidas pelos governos federal, estadual e municipal. Desde a desocupação, elas vivem em casas pagas com o bolsa-aluguel de R$ 500, valor que nunca foi reajustado.
A entrega das casas estava prevista para março deste ano, mas ainda hoje não houve a terraplenagem de um dos dois terrenos que receberão os imóveis. Boa parte das obras de infraestrutura continua na estaca zero, como encanamentos e rede de esgoto, por exemplo.
Enquanto isso, o terreno da antiga ocupação Pinheirinho permanece abandonado, sem função social. O processo que deu origem à ação de despejo ainda está sendo questionado na Justiça. Moradores reivindicam a anulação da ação e que a área seja destinada à habitação popular.
A crise econômica e as políticas habitacionaisO evento que marcará os quatro anos da desocupação não vai apenas resgatar a história de luta das famílias do Pinheirinho. Vai, principalmente, discutir o futuro das cidades, que jogam os mais pobres para bairros com infraestrutura precária.
O arquiteto Kazuo Nakano vai participar da mesa que debaterá a crise econômica e as políticas habitacionais no país. Ele integrou a equipe de consultoria que elaborou o Plano Nacional de Habitação do Ministério das Cidades.
Na previsão orçamentária de 2016, a presidente Dilma Rousseff reduziu em R$ 8,6 bilhões a verba destinada ao Minha Casa Minha Vida, principal programa habitacional do governo federal. O corte é resultado do ajuste fiscal promovido pelo governo.
Exposição fotográficaSimultaneamente ao debate, acontecerá o lançamento da exposição fotográfica “Retratos do Pinheirinho”, com 28 imagens registradas antes, durante e depois da desocupação. O acervo pertence ao Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos.
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
No dia 22, ato marca um ano da desocupação do Pinheirinho
Às 5h30 da manhã do dia 22 de janeiro de 2012, mais de dois mil policiais invadiram violentamente a ocupação do Pinheirinho. A ação brutal deixou mais de 1.600 famílias desalojadas e causou comoção no mundo todo.
Para marcar a data de um ano da desocupação, um ato será realizado no próximo dia 22, às 18h, no Centro Poliesportivo Fernando Avelino Lopes, em frente ao terreno do Pinheirinho (Rua Walter Dellu, s/nº- Campo dos Alemães).
Quase um ano após a desocupação, o cenário no local e para as famílias ainda é de abandono. Nenhuma moradia foi construída pelo poder público e a situação dos ex-moradores ainda é precária.
O terreno, uma área de mais de um milhão de metros quadrados, voltou a ficar abandonado, sem cumprir qualquer função social. A Selecta, massa falida do especulador Naji Nahas, continua devendo milhões de reais em impostos e multas à Prefeitura.
As famílias covardemente expulsas de suas casas recebem hoje apenas o aluguel social, pago pelos governos estadual e municipal, mas muitas são obrigadas a juntarem seus benefícios para conseguir alugar uma casa.
“Temos o dever de nunca esquecer aquela violenta desocupação, para que não se repita tamanha crueldade. Mas nosso principal dever é seguir exigindo que o povo do Pinheirinho receba suas moradias e os responsáveis pela vergonhosa desocupação, sejam punidos”, afirma Antônio Ferreira, o Toninho, advogado e um dos líderes do movimento.
“Os poderosos pensaram que iriam destruir o movimento, mas nossa luta por moradia não acabou. O Pinheirinho e sua luta continuam vivos”, disse.
Não esqueça. será no dia 22, às 18h, no Centro Poliesportivo Fernando Avelino Lopes, em frente ao terreno do Pinheirinho (Rua Walter Dellu, s/nº- Campo dos Alemães)
domingo, 6 de janeiro de 2013
Pinheirinho, lembrar é resistir!
A violenta desocupação do Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), completará um ano no próximo dia 22 de janeiro. Para que não caia no esquecimento a ação bárbara do governo do Estado de São Paulo e da Polícia Militar, um ato será realizado no Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, a partir das 19h.
Um ano depois, os moradores ainda lutam por justiça. “Temos o dever de nunca olvidarmos, para que não venha acontecer novamente e, principalmente, exigir moradia para as famílias desalojadas e punição aos responsáveis, disse Antônio Donizete Ferreira, advogado e liderança da ocupação.
A principal característica do bairro era a sua forma de organização. Os moradores deliberavam, em assembleias, sobre questões de interesse específico da comunidade e sobre a atuação política na cidade, no estado e mesmo no país, como nas diversas marchas a Brasília da qual participaram. O PSTU atuava – e atua ainda hoje – na coordenação do Pinheirinho.
A organização e a politização do Pinheirinho provocaram a fúria do Estado e da polícia. No dia em que ocorreu a desocupação, os moradores ainda comemoravam uma trégua acordada na Justiça. Infelizmente, o governo federal, que podia ter efetuado a compra do terreno, nada fez. Ativistas, organizações políticas e sociais, personalidades e pessoas comuns se mobilizaram em solidariedade ao Pinheirinho no mundo inteiro.
A desocupação
Na madrugada de 22 de janeiro de 2012, os nove mil moradores do Pinheirinho foram surpreendidos com a invasão da Polícia Militar para a desocupação do terreno. Mais de dois mil soldados, cavalaria, helicópteros, bombas de gás, balas de borracha e de fogo foram utilizadas contra trabalhadores que moravam no local há quase oito anos. A ação chocou pessoas no mundo inteiro por sua desumanidade.
As cenas eram de guerra. Famílias inteiras ficaram sem suas casas e foram levadas a abrigos semelhantes a campos de concentração. Foram registradas denúncias de estupro por policiais da ROTA no bairro vizinho, Campo dos Alemães. A violência também teve como consequência duas mortes, uma por atropelamento de um trabalhador e outra de um idoso causada diretamente por espancamento.
O terreno ocupado em 2004 pertencia, supostamente, à massa falida da indústria Selecta, pertencente ao megaespeculador Naji Nahas. Além de dever os impostos da área aos cofres públicos, Nahas é um bandido de fama internacional, condenado por diversos crimes financeiros. Mesmo assim, nada foi feito para regularizar o bairro e entregar a terra aos moradores do Pinheirinho.
Durante os oito anos em que lá estiveram, estas famílias construíram um verdadeiro bairro, com igrejas, pequenos comércios e prestadoras de serviços. A comunidade também era conhecida por participar da vida política da cidade, como nos protestos contra aumento de salário dos vereadores e contra o aumento das tarifas de ônibus, por exemplo. No Pinheirinho, a maioria dos trabalhadores era formada por empregadas domésticas, metalúrgicos, garçons entre outros.
Te esperamos para construir nosso ato!
Dia 22 de Janeiro, terça-feira as 19h
Local: Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (Rua Mauricio Diamante, 65 – Centro – São José dos Campos)
sexta-feira, 9 de março de 2012
MTST realiza atos de apoio às ocupações "Novo Pinheirinho" de Embu das Artes e Santo André
Para comemorar uma semana das Ocupações Novo Pinheirinho em Embu das Artes e Santo André, o MTST realizará atos político-culturais de solidariedade aos acampamentos. Não apenas para comemorar, mas principalmente em defesa das novas ocupações diante dos riscos de despejo.
Confira abaixo o calendários das atividades:
Sábado (10/03)
16 hs: Ato político-cultural na Ocupação Novo Pinheirinho de EMBU DAS ARTES
Local: Parque Pirajuçara, Embu, terreno conhecido como “Roque Valente”. Pode-se entrar no local pela Rua Indianópolis, próximo a campo de futebol.
Como chegar: Rodovia Regis Bittencourt / Saída de Embu / Avenida Rotary.
Domingo (11/03)
14 hs.: Ato político-cultural na Ocupação Novo Pinheirinho de SANTO ANDRÉ
Local: Rua Adriático, s/n - Jd. do Estádio - Santo André
Como chegar: Centro de Santo André / Rua Carijós / Rua Adriático
Já estão confirmadas as presenças de grupos musicais, sindicatos, parlamentares e de personalidades, como o companheiro Plinio de Arruda Sampaio. Para o MTST é fundamental a presença de todos que apoiam esta luta.
A ocupação de Embu já conta com cerca de 2.200 famílias e a de Santo André com cerca de 700. Nos dois casos, já existem ações judiciais que pretendem despejar os trabalhadores em favor da especulação imobiliária.
quarta-feira, 7 de março de 2012
quinta-feira, 1 de março de 2012
Ato-show marca oito anos do início da ocupação Pinheirinho
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O ato “Somos todos Pinheirinho” vai reunir, no Campo dos Alemães, artistas, sindicalistas, moradores e integrantes de movimentos populares. Estão programados shows do rapper GOG, Poesia Banda Soul, Preto Soul, Lurdez da Luz, Forró Nova Onda, Veja Luz, Wesley Noog e Zinho Trindade.
Também haverá uma mostra de vídeos produzidos por profissionais e amadores, que retratam a desocupação do Pinheirinho. O cineasta argentino Carlos Pronzato vai realizar, durante o ato, o lançamento do filme “Pinheirinho: tiraram minha casa, tiraram minha vida”.
Toda a programação acontecerá no chamado “campão”, onde teve início a ocupação do Pinheirinho, em 2004.
O “campão” fica na Avenida Adonias da Silva, no Campo dos Alemães. O ato será das 15h às 22h.
Histórico
A Ocupação Pinheirinho completou oito anos no dia 26 de fevereiro. Antes da violenta ação que resultou na expulsão das famílias há um mês, a área servia de abrigo para cerca de 9 mil moradores. Mesmo sem qualquer estrutura garantida pelo poder público, as famílias construíram suas próprias casas, igrejas e pontos comerciais.
A área só foi ocupada em razão do déficit habitacional crítico existente em São José dos Campos. Famílias que durante anos aguardavam na fila da CDHU decidiram, na época, transformar a área abandonada em um lugar para construírem suas casas.
Ao longo dos anos, moradores travaram-se uma dura batalha judicial que resultou na reintegração de posse determinada pela juíza da 6ª Vara Cível de São José dos Campos, Márcia Loureiro.
“Apesar da reintegração de posse, os moradores não desistiram da luta. Mesmo a truculência da PM e o autoritarismo do prefeito Cury e da juíza Márcia Loureiro não conseguiram acabar com a unidade dos moradores. Nossa luta permanece até que cada uma das famílias consiga recuperar o direito a sua parte no Pinheirinho. Queremos que o governo federal desaproprie o Pinheirinho”, afirma Valdir Martins de Souza, o Marrom.
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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
ATO-SHOW #SOMOS TODOS PINHEIRINHO
Além dos shows e pronunciamentos, teremos o lançamento do filme:
PINHEIRINHO: TIRARAM MINHA CASA, TIRARAM MINHA VIDA
(40 min.)
direção: Carlos Pronzato
edição: Flávio Galvão
produção: Rafael Beverari (Felco/SP) e Cinescadão
realização: La Mestiza audiovisual
E EXIBIÇÃO DE OUTROS DOCUMENTÁRIOS SOBRE O PINHEIRINHO
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